Ano Novo, Vida nova. Esse é um dos mais antigos clichês existentes no mundo corporativo. E é fato!

No começo de cada ano, as empresas se organizam de forma mais complexa, mais extensa, fazendo seus cronogramas, planejamentos, orçamentos (budget), entre muitas outras propostas iniciais ou de reforma.

Não podemos negar que tudo isso é muito importante, mas deve ser seguido, executado. Apenas elaborar e não cumprir o planejamento é uma grande perda de tempo. Devemos transformar esses “sonhos e planejamentos futuros” em metas. Para isso é necessário colocar datas, prazos, em todas as metas, e, somente assim, seremos capazes de nos planejar devidamente.

Já passamos pela era da industrialização clássica, era da industrialização neoclássica e agora estamos passando pela era da informação, onde o capital humano passou a ser capital intelectual. O que significa? Simples: os colaboradores das empresas deixaram de ser uma mão forte contratada e passaram a ser o capital intelectual da empresa, onde, o que mais deve ser valorizado são seus conhecimentos, competências, habilidades e atitudes.

Mas qual a relação dessa era da informação com o ano que há por vir?

Cientes de que precisamos nos planejar e que esse é um momento importante, as empresas devem começar uma mudança não apenas estrutural, mas uma mudança cultural e de comportamento. Aconselho aos empresários e executivos que em primeiro lugar, no planejamento de início de ano, levem em consideração a gestão dos colaboradores, a gestão de talentos das empresas, pois é baseado nesses colaboradores que buscaremos nossas metas.

Vamos citar um exemplo: não adianta um cliente exigir a produção de um estoque de milhares de peças se não conseguiremos nos adequar e o PCP, despreparado, planejar uma centena dessas peças.

Portanto, nos dedicar a gestão de pessoas em primeiro lugar pode trazer inúmeros benefícios para as empresas, sejam financeiros, sejam no ambiente organizacional. A mudança de um RH tático para um RH estratégico é o primeiro passo a ser concretizado.

Essa nova tendência nos impõe algumas ações:

1. Revisão da Missão, Visão e Valores Organizacionais;
2. Visão diferenciada do colaborador como capital intelectual;
3. Maior atenção às pessoas e visão global dos processos;
4. Visão voltada para o futuro, com metas bem estabelecidas;
5. Maior interesse pela cultura da organização;
6. Maior participação dos colaboradores nas decisões;
7. Descentralização de funções com a criação de multitarefas;
8. Maior flexibilidade e dinamismo;
9. Maior criatividade e menor burocracia nos processos.

Como disse Theodore Levitt: “o primeiro negócio de qualquer negócio é continuar no negócio”. Portanto, para nos mantermos sempre prosperando, não podemos deixar de lado nossa cultura, nossos valores, missão e visão. Devemos manter as pessoas, nossos talentos, motivados e com uma causa, sem ter o pensamento apenas no trabalho pelo dinheiro ou benefícios.

Desejo a todos um ótimo 2015!

Fábio Borri

Categorias: Artigos

Fabio Luis Borri

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e MBA em Gestão de Pessoas com Ênfase em Estratégias pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é professor universitário, palestrante, advogado, consultor empresarial em planejamento estratégico, planejamento e Gestão de Pessoas. Já atuou em cargos de coordenação e gerência em multinacional americana e empresas nacionais.

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